quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Interromper noite de sono atrapalha a memória, afirmam médicos

 

Sono sem pausas é mais válido do que muitas horas dormidas. Quem sofre de apneia do sono demonstrou dificuldades de memorização.


Perturbações durante o sono podem afetar negativamente a fixação de dados na memória, uma das funções das noites bem dormidas. Mais do que respeitar as horas de sono, o ideal para aprimorar a capacidade da memória é manter o sono contínuo, sem interrupções.

A constatação é de um estudo realizado por pesquisadores do Hospital Brigham and Women, em Boston, publicado nesta semana na revista científica “PLoS One”.

Os autores do estudo, liderados por Ina Djonlagic, chegaram a essa conclusão ao analisar pacientes com apneia do sono (pausas na respiração ao dormir), que leva a distúrbios.

Eles demonstraram um desempenho inferior durante a noite e em atividades motoras recentemente apreendidas do que pessoas sem apneia, testadas em um outro grupo.

"A consolidação da memória durante a noite requer um sono com continuidade, independente da quantidade total de sono", concluem os autores.


Fonte: G1 | Bem Estar

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dúvidas frequentes sobre os distúrbios do sono


O que fazer para ter uma noite bem dormida?
Chegar em casa pelo menos três horas antes do horário de dormir. Deixar bem claro para você mesmo que seu dia de trabalho acabou pelo menos duas horas antes de dormir, quando então deverá tomar banho, ler e relaxar. Não se deve ir para a cama sem sono. Não se deve usar a cama para planejar o dia seguinte, ler, assistir TV. Ter sempre um horário regular para se deitar e levantar. Evitar comer muito próximo ao horário de dormir. Se não pegar no sono após 15 ou 30 minutos, levante-se e vá para outro recinto ler. Evitar assistir TV, principalmente programas muito excitantes.

Ao acordar, deixe a luz do sol entrar em seu quarto. Não realizar exercícios intensos próximo ao horário de dormir. Não ingerir álcool após as 18:00 horas. Manter as regras inclusive nos finais de semana. Se estiver roncando, mesmo que lhe pareça o contrário, você pode não estar dormindo bem. Talvez você precise fazer um exame para analisar seu sono. Procure seu neurologista.

Por que o neurologista é o profissional a lidar com problemas de sono? Outros especialistas também podem tratar de insônia?
O neurologista recebe treinamento clínico e neurofisiológico específico, aprendendo as bases do funcionamento cerebral e suas conseqüências no comportamento humano. O treinamento clínico permite ao neurologista cuidar das repercussões sistêmicas das doenças do sono e as bases neurológicas permitem que faça diagnósticos diferenciais e investigue outras possíveis causas neurológicas para as manifestações do paciente. O sono normal ou seus distúrbios estão associados ao bom ou mau funcionamento cerebral, respectivamente, e o neurologista conhece profundamente a anatomia, fisiologia, fisiopatologia e clínica do sistema nervoso. Outros especialistas que podem cuidar de insônia são os psiquiatras. A apnéia do sono também pode ser cuidada por pneumologistas e otorrinolaringologistas com treinamento em distúrbios do sono.


Quais os distúrbios comuns do sono?
Os distúrbios de sono mais comuns são a insônia, a apnéia obstrutiva do sono e a síndrome das pernas inquietas. São comuns também o sono insuficiente e o atraso de fase de sono.
A Apnéia Obstrutiva do Sono caracteriza-se pela obstrução da via aérea ao nível da garganta durante o sono, levando a uma parada da respiração, que dura em média 20 segundos.

Após esta parada no fluxo de ar para os pulmões, o paciente acorda, emitindo um ronco muito ruidoso. A apnéia obstrutiva do sono pode ocorrer várias vezes durante a noite, havendo pacientes que apresentam uma a cada um ou dois minutos. Durante a apnéia, a oxigenação sangüínea pode cair a valores críticos, expondo o paciente a problemas cardíacos. A apnéia obstrutiva do sono ocorre em cerca de 5% da população geral e em 30% dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, sendo também mais comum em homens.

A Síndrome das Pernas Inquietas é a mais comum das doenças do sono, da qual poucos ouviram falar. Afeta cerca de 7% da população e se caracteriza principalmente por uma sensação desagradável nas pernas, profunda, nos ossos às vezes, como se fosse uma coceira ou friagem, choque, formigamento, e eventualmente dor. 

Estes sintomas são acompanhados de uma sensação de angústia e imensa necessidade de mover as pernas, ou ainda massageá-las, alongá-las ou mesmo espancá-las em algumas situações. Os sintomas ocorrem principalmente na hora de se deitar, mas podem ocorrer em qualquer momento em que o indivíduo fica parado (sentado ou deitado), seja para descansar ou qualquer outra atividade que não exija movimentos. Os sintomas da síndrome das pernas inquietas podem ser tão intensos que o paciente não consegue iniciar o sono.


O que é insônia?
A insônia é simplesmente a dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado. Estes episódios de insônia podem estar relacionados a vários fatores, e são bastante individuais: expectativas (viagem, compromissos, reuniões, prova, etc.), problemas clínicos, problemas emocionais passageiros, excitação associada a determinados eventos. Mas pode tornar-se crônica e provocar muito sofrimento ao longo dos anos.


Quais os fatores que levam à insônia?
A insônia está associada a múltiplos fatores e muitas vezes estão somados em um mesmo paciente. Algumas pessoas apresentam estruturalmente maior propensão à insônia (são os fatores predisponentes), e quando expostas a condições de estresse, doenças ou mudança de hábitos, desenvolvem episódios de insônia (fatores precipitantes). Estes episódios de insônia podem se perpetuar, principalmente porque o paciente tende a associar suas dificuldades de dormir a uma série de comportamentos: esforço para dormir, permanência na cama só para descansar, elaboração de pensamentos e planejamentos na hora de dormir, atenção a suas preocupações, atenção a fenômenos do ambiente, como ruídos e pessoas que estão dormindo, havendo sempre uma hipervalorização destes fatos, o que realimenta a insônia.


Como se reconhece quando uma pessoa dorme mal? Quais os sintomas?
A principal manifestação de um problema crônico de sono é a sonolência diurna exagerada. As primeiras manifestações dos distúrbios do sono são as alterações do humor e as alterações de memória e capacidades mentais (cognitivas), como aprendizado, raciocínio e pensamento. Para alguns, basta uma noite mal dormida para que a pessoa esteja mal no dia seguinte, principalmente menos tolerante, irritadiça, e com dificuldades de memória, podendo surgir também dor de cabeça. Um sintoma muito característico de distúrbio de sono é o ronco. O ronco ainda hoje é interpretado popularmente como sinal de que o indivíduo dorme bem, mas é justamente o contrário.

Quem ronca está esforçando sua musculatura respiratória para além de seus limites, e está sobrecarregando o coração de trabalho. Ao longo do tempo o indivíduo que ronca pode ficar hipertenso e/ou apresentar infarto do miocárdio ou derrame cerebral. Quem ronca pode ter apnéia obstrutiva do sono, e outros indícios desta doença podem ser a obesidade, prejuízo de memória, dificuldade de raciocínio, diminuição da libido, disfunção erétil (impotência), pescoço grosso, circunferência abdominal elevada, boca pequena, queixo para traz, amígdalas grandes.


A longo prazo, quais os problemas que a apnéia pode vir a ocasionar ao indivíduo?
A longo prazo, pacientes com apnéia obstrutiva do sono podem desenvolver doenças nas artérias, pois estão submetidos a uma inflamação subclínica (perceptível apenas através de exames laboratoriais), facilitando acúmulo de colesterol na parede das artérias, além de precipitar a ocorrência de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (derrame). Em longo prazo também se desenvolve a síndrome metabólica, que é a ocorrência de distúrbios dos lípides e glicose sangüínea, hipertensão arterial e aumento da circunferência abdominal. Quem apresenta esta síndrome tem maior tendência a ter infarto do miocárdio e derrame cerebral.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ronco forte aumenta chance de câncer, diz estudo


 

Pessoas que roncam muito e sofrem de graves distúrbios respiratórios durante o sono têm uma probabilidade quase cinco vezes maior de morrer de câncer, segundo uma pesquisa americana.

Cientistas da Universidade de Wisconsin-Madison acreditam que a correlação pode ser explicada pelo suprimento inadequado de oxigênio durante a noite nos pacientes com o problema.

Testes de laboratório já haviam mostrado que a interrupção intermitente da respiração leva a um crescimento mais acelerado de tumores, já que a falta de oxigênio estimula o crescimento de vasos sanguíneos que nutrem os tumores.

Sem ar

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 1,5 mil pacientes que participaram de um estudo sobre Distúrbios Respiratórios Obstrutivos do Sono (DROS) ao longo de 22 anos.

A forma mais comum de DROS é a apneia obstrutiva do sono, na qual a respiração é bloqueada deixando a pessoa sem ar. Isso provoca ronco e a interrupção do sono e o problema é geralmente associado a obesidade, diabetes, pressão alta, ataques cardíacos e derrames.

Os participantes do estudo nos Estados Unidos passaram por testes a cada quatro anos que incluíam análises de sono e respiração.
Os resultados mostraram que a probabilidade de morte por câncer aumentava drasticamente de acordo com a gravidade do distúrbio.

Enquanto pacientes com uma forma leve de DROS tinham apenas 0,1 vez mais chance de morrer de câncer que aqueles não sofrem com o problema, nos pacientes com uma forma moderada de DROS a chance de morte por câncer dobrava.

Já naqueles com distúrbios graves de respiração, o risco aumentava 4,8 vezes.

Diagnóstico e tratamento

O estudo - apresentado na conferência internacional da American Thoracic Society, em San Francisco, e que será publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine - fez ajustes para levar em conta outros fatores como idade, sexo, índice de massa corporal e fumo, que poderiam influenciar o resultado.

– A consistência dos indícios dos experimentos com animais e deste novo estudo epidemiológico em humanos é muito convincente, disse o líder do estudo Javier Nieto, da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Wisconsin.

Agora, os cientistas querem ampliar os estudos sobre a questão e examinar a relação entre DROS, obesidade e mortalidade por câncer.

– Se a relação entre DROS e mortalidade por câncer for confirmada em outros estudos, o diagnóstico e tratamento de DROS em pacientes com câncer pode ser indicado para aumentar a sobrevida.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quando o ronco é um sinal que o corpo não está bem



Não é novidade que para um adulto acordar descansado é necessário mais que oito horas de sono. Na hora de dormir elementos como um ambiente calmo, escuro e bem arejado pode favorecer o merecido descanso do corpo. 

Mas mesmo respeitando todos esses pré-requisitos, é comum que algumas pessoas ainda acordem se queixando de falta de disposição ou apresentem sonolência durante o dia. Nestes casos o problema pode estar na falta de qualidade do sono.

Sintomas como dores de cabeça pela manhã, falta de atenção e de memória são alguns dos indícios de uma noite mal dormida que pode ser ocasionada por dificuldades respiratórias durante a noite. É comum que uma pessoa que ronque e/ou sofra de algum tipo de apneia tenha o sono profundo interrompido por diversas vezes durante a noite e, por isso, por mais que respeite as oito horas diárias de sono, nunca irá se sentir descansada. Além disso o prolongamento dessa situação pode resultar em sérios danos à saúde.

Segundo dados divulgados pela BBC Brasil, em qualquer idade indivíduos que apresentam sérias dificuldades para respirar durante o sono têm 50% a mais de chances de morrer comparado a alguém da mesma idade que possui boas noites de sono. Entre homens de 40 a 70 anos, o aumento do risco é ainda maior: esses sintomas podem indicar o dobro de chances de uma morte prematura para a mesma faixa de idade, afirmaram os pesquisadores.

Publicado na revista científica online Public Library of Science (PLoS), o estudo acompanhou mais de 6,4 mil homens e mulheres durante oito anos. Segundo os pesquisadores, um em cada quatro homens e uma em cada dez mulheres tem problemas para respirar quando dormem. Além de roncar alto, indivíduos afetados por estes problemas podem também se engasgar durante o sono e apresentar sonolência no dia seguinte. O estudo ainda aponta que na maioria das vezes os casos não são diagnosticados.

É muito importante que as pessoas percebam que, diferente do que era dito antigamente, o ronco não é sinal de um estado de sono profundo, muito pelo contrário ele é um alerta de que o ar não está circulando da maneira correta quando o corpo está em repouso.Para quem é casado ou dorme com uma pessoa que ronca, lembre-se que o seu descanso também está sendo prejudicado.

Ronco e apneia
O ronco é um sinal de estreitamento das vias aéreas e de um esforço respiratório durante o sono. Quando isso ocorre, o volume de ar necessário para oxigenação do corpo precisa ser inspirado a uma velocidade mais alta ocasionando a vibração sonora dos tecidos moles da região bucal.

A Apneia do Sono Obstrutiva (ASO) é uma desordem respiratória do sono debilitante definida como uma parada respiratória durante 10 segundos ou mais (apneia é uma palavra grega que significa "sem ar"). Durante o sono, os músculos do corpo relaxam, permitindo que os tecidos moles do palato e da garganta e a língua obstruam as vias aéreas. O corpo reage interrompendo o sono profundo, restaurando a respiração normal, mas priva a pessoa de ter uma "boa noite de sono".

A apneia, quando não tratada, pode ser considerada uma doença grave que pode causar, além na queda de qualidade de vida pela sonolência diurna excessiva e má qualidade de sono, um risco aumentado para problemas cardíacos como pressão alta, batimento cardíaco irregular, infarto do miocárdio e até impotência.

Estima-se que, no Brasil, de 27% a 32% dos acidentes de trânsito e de 17% a 19% dos mortos no trânsito são provocados por cochilos dos condutores enquanto dirigem.
Fonte: Saúde Plena

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Débito de sono

 
O débito de sono é o nome dado à diferença entre a quantidade de sono que o organismo humano precisa para descansar e a quantidade de sono que os indivíduos conseguem ter devido aos compromissos do dia a dia. Muitos acreditam que após dormirem por cinco horas durante a noite de quarta para quinta-feira (sendo que o ideal é no mínimo oito horas) e dormirem por onze horas de quinta para sexta-feira estão repondo o sono perdido da noite anterior, o que de fato não acontece.


A diminuição do sono por motivos diversos criam uma espécie de débito com o organismo que dificilmente pode ser pago. Esse débito altera o organismo enfraquecendo o sistema imunitário, induzindo a pessoa a ter diabetes, obesidade mórbida, doenças cardíacas, alteração na memória, dificuldade de concentração, problemas na visão, além do sono que não passa nunca. Tais manifestações decorrentes do débito de sono podem ocorrer a curto e longo prazo, dependendo do ritmo de vida de cada indivíduo e do débito que possui com o organismo. Na medida em que esse débito aumenta, também progridem os sinais.


O débito de sono também pode estar relacionado aos vários distúrbios de sono que acometem milhares de pessoas, sendo que a principal é a insônia. Ela provoca, em curto prazo, irritação, fadiga e agressividade. Apesar de difícil, é possível recuperar o sono e pagar o mesmo ao organismo. Para isso é preciso:


Dormir no mesmo horário;
Evitar bebidas alcoólicas;
Evitar cafeína no período das sete horas que antecedem o horário de dormir;
Evitar alimentos gordurosos nos horários próximos ao sono;
Não resolver problemas quando já estiver na cama;
Não consumir medicamentos sem prescrição médica;

Manter o ambiente do quarto tranquilo e silencioso para o repouso.

Fonte: Brasil Escola